A nossa Exigência começa no cultivo das vinhas.










A Região Vitivinícola de Lisboa
Situada a Norte do Rio Tejo, a região vitivinícola de Lisboa, é a segunda maior produtora de vinho em Portugal sendo esta composta por dez sub-regiões: Encostas de Aire, Alcobaça, Lourinhã, Óbidos, Alenquer, Arruda, Torres Vedras, Bucelas, Colares e Carcavelos.
As cidades de Torres Vedras, Alenquer e Óbidos são o principal centro da Região, contendo a maior área de plantação de vinhas, ao longo de verdes encostas.
Torres Vedras, é o concelho que tem a maior produção de vinho do país.
Aqui, encontram-se solos argilo-calcários e solos argilo-arenosos, muito férteis, que melhoram o cultivo e qualidade das uvas. O clima é ameno, com uma precipitação média de 700 mm por ano e não há alterações importantes de temperatura. Estas são as características que tornam únicos os vinhos desta região.
As Nossas Vinhas
Nas nossas vinhas encontram-se, entre outras, as castas Castelão (também conhecida por Periquita), Tinta Miúda e Alicante Bouschet.
Estas são amadurecidas em solos argilo-calcários, à luz do sol e com uma baixa precipitação.
As vinhas crescem em solos superficiais, de baixa fertilidade e não são regadas em qualquer altura do ano para evitar a diminuição de taninos, elementos básicos para um excelente envelhecimento.
A poda das videiras durante o Inverno e o Verão é executada conscienciosamente e com extremo cuidado: antes da Vindima, já após o aparecimento do fruto, quando necessário, são removidos alguns ramos de forma a aumentar a qualidade das uvas que ficam na planta.
Todos estes processos reduzem o rendimento das vinhas, mas mantém a quantidade e qualidade adequadas para obter as melhores uvas, com as melhores notas de acidez e estrutura tânica, necessárias para a produção e envelhecimento dos nossos vinhos.
As Nossas Castas
Uma das castas portuguesas mais antigas e de grande tradição, especialmente na região de Bucelas. Encontra-se difundida na maioria das regiões vitivinícolas, uma vez que uma das suas características é a capacidade de adaptação a diferentes terrenos e climas. A Arinto, que na região dos Vinhos Verdes é conhecida por Pedernã, tem na boa acidez um dos seus maiores trunfos, a que se junta uma estrutura de qualidade e um toque aveludado. O aroma é relativamente discreto, sobressaindo notas minerais, de maçã verde e limão. Casta de grande nobreza, produz vinhos que evoluem muito bem em garrafa, ganhando elegância e complexidade.
Uma das castas portuguesas mais antigas e, de longe, a mais cultivada das castas brancas.
Está espalhada por praticamente todas as regiões vitícolas, com destaque para o Ribatejo e a Bairrada, onde é mais conhecida por Maria Gomes. De grande capacidade produtiva, é também uma casta polémica, havendo quem a critique por dar vinhos demasiado planos, por falta de acidez, e de estar muito sujeita à oxidação. Mas, com o mesmo vigor, gabam-lhe os extraordinários dotes aromáticos e a capacidade de, bem tratada, proporcionar a obtenção de vinhos distintos e de forte personalidade. Apresenta aromas cítricos maduros e notas de mimosa, tília e laranjeira, integrando-se na família de castas aromáticas como o Alvarinho, o Loureiro e o Moscatel.

Casta tinta de grande nobreza e de extraordinária qualidade, como
o atesta o facto de marcar presença em dois vinhos míticos produzidos na Península Ibérica: o português Barca Velha e o espanhol Vega Sicilia. Com a designação Aragonês, já é conhecida e cultivada há séculos nas terras do Alentejo. Em bons anos, produz vinhos encorpados, retintos e muito aromáticos. Os aromas da casta, finos e elegantes, sugerem pimenta e flores silvestres. Tem boa capacidade produtiva e é indispensável na elaboração de vinhos do Porto de qualidade. A produção de vinhos monovarietais, tem dado bons resultados.
A casta tinta mais cultivada em Portugal. Tem um grande poder de adaptação a diferentes condições climáticas, o que lhe dá uma notável versatilidade e permite aos enólogos elaborar vinhos muito distintos – poderosos e intensos tintos de guarda. Adapta-se melhor às terras da Península de Setúbal, de onde saem os vinhos mais carnudos e intensos, com aromas de frutos vermelhos e plantas silvestres, que se integram bem com a madeira de carvalho francês.
TINTA MIÚDA (tinta)
Tinta Miúda é uma casta tinta portuguesa que é principalmente cultivada nas regiões Oeste e Ribatejo. Esta casta é frequentemente utilizada na produção de lotes de vinho e vinhos de mesa, mas também pode ser usada na elaboração de vinhos regionais. É composta por bagos escuros, muito pequenos, e tem a característica de ser muito resistente às más condições meteorológicas.
TOURIGA NACIONAL (tinta)
Foi, em tempos idos, a casta dominante na região do Dão e a responsável quase exclusiva pela fama dos seus vinhos. É, hoje, uma das mais utilizadas no Douro e tida como uma das mais nobres castas tintas portuguesas. A Touriga Nacional dá vinhos retintos, encorpados, poderosos e com excepcionais qualidades aromáticas. Tem frequentemente notas de amora, mirtilo, esteva e rosmaninho. A sua fama tem vindo a espalhá-la por quase todas as regiões vitícolas, do extremo Norte até ao Algarve, e está mesmo a aguçar a curiosidade de viticultores estrangeiros . Envelhece bem e ganha em complexidade aromática com estágio em madeira de carvalho.
TOURIGA FRANCA (tinta)
Mais conhecida por Touriga Francesa, é a casta tinta mais cultivada na região onde se produzem os vinhos do Douro e do Porto. Amiga do viticultor, é de cultivo fácil, pouco sujeita a doenças da vide e tem boa capacidade produtiva. Apresenta aromas finos e intensos, com notas de frutos pretos e flores silvestres, a que se juntam um bom corpo e cor. É uma das castas utilizadas na elaboração dos vinhos generosos durienses, associada a outras castas nobres da região, como a Tinta Roriz e a Touriga Nacional. Mas tem também capacidade para se afirmar por si só, como o provam algumas experiências bem sucedidas de vinhos varietais.
TRINCADEIRA / TINTA AMARELA (tinta)
Uma das castas portuguesas mais espalhadas pelo território. As suas qualidades revelam-se, contudo, em zonas quentes, secas e de grande luminosidade, adaptando-se muito bem ao interior alentejano. É uma casta difícil, de produtividade irregular e algo susceptível a bolores nefastos, mas, nos melhores anos, dá origem a grandes vinhos. Tem uma excelente acidez, taninos suaves e abundantes e aromas intensos de ameixa e amora, resultando em vinhos elegantes e equilibrados. Do lote da Trincadeira com outras castas, como a Aragonês alentejana ou a Touriga Nacional no Douro, resultam vinhos de grande qualidade.